O sermão da máquina de datilografar
Todos
os dias temos a eternidade pela frente
Para
recuperar o passado
Mas,
e daí?
Pra
quê temos uma cabeça sem ter o que pôr dentro?
“Vão-se
os anéis, mas fiquem os dedos”.
Assim
vôo no mundo da lua.
Afinal,
a lua é pública, embora seja um bem do Estado.
E é
nesse estado de pseudo-semi-quase loucura que escrevo linhas
Linhas
sem fugir da linha do raciocínio.
(Ih!
Tá ficando muito intelectual essa prosa!).
Mas
e daí?
Se
não entende o que escrevo
Serve
o texto para exercício de leitura.
As
palavras compridas desfilam ao deleite do poliglota
Ou
de quem quiser: “Inconstitucionalísimamente”
E o
Chico tira do perito: Pedro pedreiro pedreira esperando o trem
Hein?Pedreira
não tem?
Ah!
Sei lá... qualquer coisa assim...
E as
balas com mensagens de amor em suas embalagens
Nada
de importante têm a dizer
Antes
fosse uma piada ou recomendação de odontologista
Balas
de mensagens funestas, trinta e oito é o calibre.
Dessas
não se chupa, elas é que o faz, inexoravelmente.
é
relatar no papel, tudo de cabeça, no momento.
Cabelos
e bobes xampu piolho e tudo
Ou
nada
Ou
calvície
Ou
cefaléia
Nessa
hora relato tudo que em minha cabeça vem
Mas
a cabeça é grande, neném! ...Chega.
Mas
e daí?
Então
teço um texto dos pés a cabeça
E
tudo que vem ao pé é o que há.
Sapato
frieira meia e chulé.
Equivoquei-me,
ué!
A
missa dos lava-pés diminuirá o sofrimento
E
como medir torvelinho?
Ademais,
sofrimento menor é como tal subjetivo.
Sofrimento
maior: a mulher do vizinho, gostosíssima.
Com
um metro e oitenta
(se
a leitora for lésbica ou se homem
agüenta).
Sofrimento
menor: um anão no meio do caos
Ah!
Não!É preciso reverter tal situação!
Tá certo,
os anões são minoria-(antes eram sete)
mas
precisam de atenção.
Por
ora é hora de deixar tudo pra lá:
Anões
lésbicas chulé cabeça balas palavras
Pedreiro
e trem.
Ou
talvez deixar tudo pra cá.
Próxima
parada: pasargada.
Quem
vai pra lá sou eu...
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