drops rock

terça-feira, 11 de agosto de 2015

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Drops Rock 64 - Punk



   Desde que Vince Taylor - ( o Morrissey de seu tempo )- and His Playboys gravou Brand New Cadilac em 1959 até o Clash "repaginar" o clássico vinte anos depois, o Rock deu uma guinada de 360 graus, voltando ás origens com acordes mais simples, canções de letras mais diretas e espírito juvenil. A isso deu-se o nome de Punk e é sobre ele que o Drops Rock 64 vai falar! hey ho, lets go!

terça-feira, 28 de julho de 2015

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Cartoons e Que Tais [EBook Kindle]

Fábio Sant'Anna 

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Especial Editora Saraiva
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Descrições do Produto

Descrição do produto

A presente obra é uma coletânea de ilustrações feitas pelo miltimedia Fábio Sant'Anna. Através do humor, do burlesco destilado em charges, cartoons, histórias em quadrinhos, caricaturas e que tais é que o desenhista amador/amante convida o leitor à reflexão e a Filosofia, ações pouco executadas em nosso frenético cotidiano mas tão necessárias quanto comer ou dormir.


Detalhes do produto

    sábado, 25 de julho de 2015

    Drops Rock 63 - Rock SP vs. Rock RJ

    Com retorno de Mauro Marcel nas telas, esse programa do Drops Rock apresenta a rivalidade entre as bandas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Verdade ou mistificação? Confira e tire sua conclusão...
       Acesse ainda nossos outros canais:
    Blogs- asboasdosantanna.blogspot.com.br

    sexta-feira, 17 de abril de 2015

    Drops Rock 59 - Brasileiros Inventam um Novo Inglês

    Nos idos de 1970 houve uma onda de brasileiros que cantavam em inglês e se passavam como artistas internacionais, e isso acontecia por dois motivos: as gravadoras pagavam caro pelos direitos autorais dos artistas estrangeiros , e segundo, que brasileiro sempre achou bonito a música cantada em inglês, muito embora pouco entenda. ( Ih! Isso parece inveja do Ed Motta). Enfim, chegamos ao Drops Rock 59. Delicie-se com mais uma aula de Pop Rock e/ou Rock Pop!

    https://www.youtube.com/watch?v=dbqoVF_1J0g&feature=youtu.be



    Oriente-se


    sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

    Trem Doido de Gumarães Rosa


    Trem doido de Guimarães Rosa 


    Guimarães Rosa é um dos maiores ficcionistas da Literatura Brasileira. Em sua obra conseguimos captar tamanha beleza que sua prosa se assemelha a poesia. Dada é a perfeição com que usa as palavras nem  nos parece tão cruel as histórias reais em que a sua ficção foi gerada.

       Em seu clássico livro de contos “Primeiras Estórias” publicado em 1962 encontramos o conto “Soroco, Sua Mãe, Sua Filha”. A história se passa em minas Gerais aonde Soroco, viúvo, vai levar a mãe e a filha para o trem que segue para Barbacena onde ambas irão desembarcar num hospício. Soroco já não mais consegue conviver com elas que ficam falando sozinhas o tempo inteiro. Elas irão viajar no trem que é alcunhado de trem de doido e embora exista um lirismo indiscutível e até uma perceptível tristeza na ficção, a realidade em que o conto foi inspirado é de amplitude muito mais cruel e desumana.


      
    O trem que é citado no conto fala de um transporte que realmente existia e que levava homens, mulheres e até crianças para o Hospital Colônia de Barbacena, hospício que existia e ainda existe na cidade em Minas. Tal instituição foi fundada em 1903 e naquela época o país ainda sofria os reflexos das teorias da eugenia e “higienização social” o que cabe dizer que grande parte dos internos que foram para o Colônia não sofria de nenhuma patologia mental, bastava ter algum comportamento considerado desagradável para a sociedade da época: marginais, prostitutas, opositores políticos, alcoólatras, homossexuais, mendigos deveriam ser afastados do convívio social.
        Outro agravante que fez com que o hospício permanecese superlotado é que na época, sobretudo na segunda metade do século XX, houve uma crescente migração de nordestinos fugindo da seca do sertão. Mas ao chegarem às cidades do sul não recebiam nenhum tipo de auxílio ou mesmo conseguiam emprego permanecendo dessa forma marginalizados e por consequência removidos para o Colônia.  
        Na época várias linhas ferroviárias levavam á cidade de Barbacena e o trem com destino ao hospício se tornou tão popular que a expressão “trem doido” se tornou comum em Minas dado esse transporte existir.
       O maior legado que os escritores podem deixar a posteridade é que sua literatura nos aponte outras realidades e reflexões e foi a partir do conto de Guimarães que descobri toda a história de horror e crueldade que ocorria nesse hospício, aliás, que esse hospício existia. Descobri por acaso quando quis saber de onde vinha a expressão “trem doido” até porque as histórias de Guimarães Rosa mesclam uma espécie de “místico” que só via ficção ali. Surpreendi-me com esse fato e isso é realmente louvável de consideração pois passei a enxergar sua obra por outros ângulos, como também fala da loucura em “A Terceira Margem do Rio”, outra pérola encontrada no “Primeiras Estórias”.
      
    Recentemente foi lançado um livro que documenta tudo o que aconteceu no hospício Colônia : Holocausto Brasileiro da jornalista Daniela Abrex que vale a pena ler, quanto a obra de Guimarães Rosa.






    http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao44/materia06/

    O Humor Finíssimo de Millôr e de Veríssimo


    O Humor Finíssimo de Millôr e de Veríssimo 

       O humor sempre foi considerado pela elite literária um gênero menor de Literatura, talvez por seu caráter de brevidade e superficialidade na descrição das personagens e ambientes.



     Por outro lado, essa aparente fugacidade está mais atrelada aos veículos onde essa literatura é publicada. Refiro-me a crônica, gênero textual encontrado em jornais, revistas e hoje na internet, nos blogs. 
       No contexto histórico o Brasil da segunda metade do século XX passava por perceptíveis transformações na economia e na sociedade de costumes. Projetos governamentais para minorar o analfabetismo e a busca de modernização  da indústria no país trazida por Juscelino Kubitscheck contribuiam para o aumento de publicações de livros e revistas. A televisão ainda não era um meio de comunicação que atingia grande parte da população, dessa forma o rádio e a mídia impressa tinham destaques capitais no objetivo de formar e informar a sociedade. Uma das publicações de maior notoriedade foi a revista O Cruzeiro que chegou a ter 750 mil exemplares vendidos, um marco para a época. E é  nessa publicação que Millôr Fernandes        ( 1923-2012 ) inicia sua carreira.
       Considerado um dos maiores pensadores no  Brasil contemporâneo. Millôr não  se restringiu apenas a escrever crônicas. Foi artista plástico, teatrólogo, tradutor, desenhista jornalista e dizem até que inventou o frescobol - esporte jogado nas prais o Rio de Janeiro. Ainda sobre suas habilidades, Millôr Fernandes foi influenciado pela poesia concreta de Haroldo e Augusto de Campo, antenado que era com as vanguardas literárias.
     
     A pluralidade das atividades dos escritores atuais é bastante recorrente. Dos contemporâneos de Millôr temos o gaúcho Luís Fernando Veríssimo ( 1936 ) que, dada as proporções do termo, assemelha-se a um multimídia pois além de cronista escreve contos, já escreveu livro de culinária, faz roteiros para diversos programas de televisão, é cartunista, tradutor e ainda é saxofonista nas horas vagas.
       Podemos encontar algumas semelhanças  na literatura de Millôr e Veríssimo. A mais óbvia de todas é que ambos escritores usam do humor e da crônica como formas de expressão. Outro ponto de consonância está explícito quando ambos questionam a língua portuguesa e as palavras em seu sentido concreto como faz Veríssimo em "Sexa" e Millôr com as "composições Infantis". Ainda temos de semelhança o gosto por aforismo- aquelas frase curtas mas dotadas de filosofia e reflexão.

       Se persiste uma resistência de parte dos intelectuais em crer que o humor não agregue motivos para reflexões, é importante citar a grande contribuição que o jornal O Pasquim trouxe para a sociedade brasileira no tempo em que o Brasil atravessava um regime de exceção. Com liberdades estéticas e políticas negadas O Pasquim foi um marco no jornalismo ao driblar a censura com irreverência e crítica. Millôr Fernandes foi um dos principais colaboradores do periódico assim como Veríssimo, este com uma colaboração mais discreta mas tão combativa quanto aquele.