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sexta-feira, 17 de maio de 2013

União Homo Afetiva


União Homo afetiva: Qualquer Maneira de Amor Vale a Pena

 

   O Supremo Tribunal Federal Brasileiro aprovou a união civil entre pessoas do mesmo sexo o que vem causando polêmica em vários segmentos sociais como na imprensa e principalmente no âmbito religioso. É necessário compreender, entretanto, que o Estado é laico e trabalha em benefício de todos os cidadãos independente de vínculos religiosos, orientações sexuais, credo, raça ou cor.

   Nada mais justo do que legitimar o relacionamento escolhido por mais de 60 mil pessoas no Brasil – excetuando os que são homossexuais e não se declararam. Afinal a injustiça ocorre quando o homossexual, geralmente sofrendo preconceito pela família, falece e não pode deixar sua herança ao companheiro com quem viveu indo todos seus bens à família que antes o exortara.

   O que parece uma questão tão simples de se resolver transforma-se numa celeuma propagada principalmente pelas grandes mídias que ao invés de esclarecer e informar inflama o debate para o lado do preconceito e até da anedota descaracterizando a seriedade e o respeito que todo cidadão merece. Tais veículos de comunicação tem apenas o objetivo de conseguir audiência e nenhum compromisso com o interlocutor.  

   Não bastasse o preconceito, a Religião também dá seus palpites baseados em dogmas, e dogmas não se discutem. Considero que a Religião enquanto instituição tem seus preceitos que devem ser legitimados como quaisquer outras agremiações, mas enquanto crença o Cristianismo entra em contradição em relação à homossexualidade, pois as religiões cristãs defendem a vida, o Homem, o acolhimento, a tolerância à paz e de que somos todos irmãos e de que devemos amar uns aos outros.

   Diante o exposto, deixo questões de fé de religião de lado e reafirmo a importância de se legitimar a união homo afetiva por princípios de ampliação de garantias patrimoniais aos cônjuges. No mais, sinto lamentar participar de uma sociedade onde o preconceito ainda provoque ódio a ponto de as pessoas se espancarem e até matarem para ter suas opiniões garantidas. Por isso é que o Direito intervém, afinal se vivêssemos em comum respeito e harmonia, como as religiões apregoam e pedem, talvez as leis fossem cumpridas sem maiores questionamentos.

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