União Homo afetiva:
Qualquer Maneira de Amor Vale a Pena
O Supremo Tribunal
Federal Brasileiro aprovou a união civil entre pessoas do mesmo sexo o que vem
causando polêmica em vários segmentos sociais como na imprensa e principalmente
no âmbito religioso. É necessário compreender, entretanto, que o Estado é laico
e trabalha em benefício de todos os cidadãos independente de vínculos
religiosos, orientações sexuais, credo, raça ou cor.
Nada mais justo do
que legitimar o relacionamento escolhido por mais de 60 mil pessoas no Brasil –
excetuando os que são homossexuais e não se declararam. Afinal a injustiça
ocorre quando o homossexual, geralmente sofrendo preconceito pela família,
falece e não pode deixar sua herança ao companheiro com quem viveu indo todos
seus bens à família que antes o exortara.
O que parece uma
questão tão simples de se resolver transforma-se numa celeuma propagada
principalmente pelas grandes mídias que ao invés de esclarecer e informar inflama
o debate para o lado do preconceito e até da anedota descaracterizando a
seriedade e o respeito que todo cidadão merece. Tais veículos de comunicação
tem apenas o objetivo de conseguir audiência e nenhum compromisso com o
interlocutor.
Não bastasse o
preconceito, a Religião também dá seus palpites baseados em dogmas, e dogmas não
se discutem. Considero que a Religião enquanto instituição tem seus preceitos
que devem ser legitimados como quaisquer outras agremiações, mas enquanto
crença o Cristianismo entra em contradição em relação à homossexualidade, pois
as religiões cristãs defendem a vida, o Homem, o acolhimento, a tolerância à
paz e de que somos todos irmãos e de que devemos amar uns aos outros.
Diante o exposto,
deixo questões de fé de religião de lado e reafirmo a importância de se
legitimar a união homo afetiva por princípios de ampliação de garantias
patrimoniais aos cônjuges. No mais, sinto lamentar participar de uma sociedade
onde o preconceito ainda provoque ódio a ponto de as pessoas se espancarem e
até matarem para ter suas opiniões garantidas. Por isso é que o Direito
intervém, afinal se vivêssemos em comum respeito e harmonia, como as religiões
apregoam e pedem, talvez as leis fossem cumpridas sem maiores questionamentos.
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