"Toda criança que nasce nos trás a certeza de que Deus não perdeu a fé na humanidade". Este é um provérbio carregado de verdade, principalmente no momento em que se concebe sua própria criança. E, no meu caso, esta criança que poderia ser Pedro, que poderia ser Antônio decidiu ser Arthur, verdadeiro rei e que a partir de então irá nos governar.
Há quem duvide que Rei Arthur tenha existido mas não resta dúvida sobre a grandeza e representação de orgulho para uma nação. Por enquanto nosso pequeno rei passou a nos orgulhar no domingo 16, às dezoito e vinte e três. Nasceu num domingo como o pai. Veio com três quilos e meio como o pai, mas levou os olhinhos e o nariz da mãe.
Não foi esperado seu assento em tal data, de modo que sua concepção também não fora, mas nem por isso houve desespero pois nos nove meses Arthur levou vida de rei comendo e bebendo do melhor, dormindo e aparecendo frequentemente na televisão, nos ultrassons quase rindo - ao menos eu cheguei a perceber seu sorriso lindo com as mãozinhas próximas a boca.
Seu nascimento foi tão inopinado quanto a notícia de sua concepção, o que nos mostra mais uma vez o quanto aquele minúsculo ser já tem opinião própria. A mãe apregoava seu nascimento como parto normal mas essa probabilidade partiu quando sua pressão subiu. Talvez fosse mesmo isso: o conforto do ventre é tamanho que Arthur não quisesse sair de lá. Num mundo de incontáveis vicissitudes, num planeta eivado de guerras, com barbáries a todo momento talvez fosse melhor ficar lá... Mas o espaço já está curto e a estada de Arthur estava vencida. Sua coragem de rei exigia buscar um mundo melhor. Então rompeu-se o cordão.
Veio então a concepção. Muito rápida e de tão veloz nem me dei conta de fotografar ou filmar o parto.
Também não chorei no momento, foi um misto de estado de graça com estado de choque. Meu filho! Meu primeiro herdeiro de minha riqueza de valores, riqueza de moral, de humanidade mas também de humildade. Numa tarde de verão em que meu time de futebol perde eu ganho a maior felicidade que copa do mundo nenhuma pode garantir. ter um filho é como ter outra festa após a festa. todos os movimentos que o bebê realiza é uma nova descoberta. A mãe está deitada quieta, recuperando-se de sua nobilíssima tarefa que é parir a humanidade e "apenas" isso...
E, já que Deus não perdeu a fé na humanidade porque a humanidade perderia a fé em sí mesma? Com tudo que há de ruim no mundo precisamos regar essa árvore dos bons valores para colhermos os frutos de uma sociedade mais humana, deixarmos o planeta melhor do que encontramos, ainda que seja incerto o resultado, nossa vontade deve ser certeira.
Arthur, desejo do fundo de meu coração todas as alegrias que encontrará em sua nova jornada em nossa morada tão precisada de amor mas que você poderá dividir esse sentimento dada a quantidade consideravelmente grande que recebeu, está recebendo e que receberá.
Muita saúde, paz, fé e tudo mais daquilo que conversaremos quando mais adiante seguirmos os passos um do outro...
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