drops rock

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

As Sombras da Vida


AS SOMBRAS DA VIDA



   As Sombras da Vida é uma história em quadrinhos de Maurício de Sousa baseado na "Alegoria da Caverna" um pequeno texto que aparece no Livro VII de A República de Platão, escrita no século IV a.C. Gibi também é cultura!
   Eis aí uma adaptação da história em quadrinhos, com a narração feita por mim mesmo!

   

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Um Toque no Rock


Um Toque no Rock

 É inegável a influência que as redes sociais exercem sobre a sociedade pós-moderna, para o bem ou para o mal. Faz-se amigos de um momento para o outro, divide-se intimidades com antípodas e descobre-se pessoas com predileções e antipatias semelhantes a sua. É assim com quase todos os usuários das redes virtuais, mundo do qual também dedico um tempo.
   No entanto, o mesmo universo que liberta pode escravizar e acirrar preconceitos, reforçar estigmas e até provocar inimizades, ao menos via computador, muito embora a grande maioria utilitária do serviço citado não o faz exatamente para tal propósito. 
   Pois bem: eu sou um fã de Rock. E o que é um fã senão indivíduo interessado por determinado assunto a ponto de querer saber mais sobre ele em comparação a maioria? Sou um fã de Rock estudante do assunto, exploratório do repertório dos músicos, interessado nas traduções das letras, de ideias e ideais por trás dos textos das canções, hábitos quiçá herdados de minha natureza professoral, onde a didática está par i passu  com as verdades históricas e suas múltiplas interpretações. E nesse desejo de adquirir maiores conhecimentos acerca do assunto supracitado, enveredei nos diversos grupos de discussão do tema, tando objetivando coletar informações para ampliar meus horizontes musicais quanto transferir a outrem alguma matéria considerada por mim auspiciosa. 

   Dentre algumas comunidades onde me inscrevi, tinha uma em especial de quantidade por demais considerável de membros, o que me atraiu em primeiro momento. Tão logo aceitaram meu pedido de inclusão comecei a postar vídeos e fotografias relacionados  ao tema, disponibilizava enquetes e áudios sobre Rock. Postava essa miscelânea de conteúdo com religiosa constância, até que um belo dia notei ter sido excluído da comunidade. No instante fiquei realmente chateado, magoado. Poderiam ao menos me avisar, já que enquanto fazia parte da página virtual eu tinha ais de vinte mil amigos...
   Após o incidente, decidi prosseguir em outras comunidades ser relatar o ocorrido, mas já visualizando com maior pragmatismo o Rock, seus fãs e as letras das canções, o que me levou a conclusões bem decepcionantes com o público médio amantes do estilo musical. Público este que à rigor se considera de inteligência superior a quem escuta outro tipo de música e que superestima o Rock sem fazer uma análise menos apaixonada. Como tal público considera tanto sua música séria,decidi  construir aqui um breve contraponto observando tal ritmo musical com o  mesmo grau de seriedade atribuído pelos admiradores. Relutei consideravelmente para publicar esse texto mas um cego fã de Rock considero-me um pesquisador, um quase cientista, atestando que o objeto de estudo deve ser esmiuçado com menor nível de subjetividade possível. E foi o que intentei fazer, embora não usei de estatísticas em registros, apenas me fiz valer de uns trinta anos de contato e observação com tal universo, de modo que esse tempo deva valer para alguma coisa.
   Das dezenas de páginas e comunidades de curtidores de Rock é unânime que seus membros afirmem detestarem o Funk Carioca, ritmo de bastante sucesso na atualidade no Brasil. O roqueiro médio alega ser tal estilo "lascivo" para não dizer explorador das sexualidade de forma inadequada e apelativa e que suas letras a luxúria e o desejo de ostentação por roupas, jóias e automóveis de alto valor são assuntos correntes e capitais.E ainda que é uma música utilizada para mexer a bunda e não o cérebro. Ok, tudo isso é válido, mas como era o Rock nos anos do "and Roll"?
   Nos primórdios da década de 1950 a música que os afro americanos cantavam e tocavam era chamada de Rhythm and Blues ( R&B), um primo aproximadíssimo daquilo que viria a ser Rock'n'Roll. Aliás, tão próximo que muitos já o consideravam Rock. Embora o ritmo fosse pulsante havia alguns "probleminhas" que impediam que a música no início tivesse uma penetração no mercado fonográfico primeiro porque os intérpretes eram negros cantando num país ainda bem arraigado na tradição Wasp. Segundo, o conteúdo das letras: a própria expressão Rock'n'Roll significava prática sexual. É importante se considerar o quadro socioeconômico norte americano em tempo. Os Estados Unidos, vencedores da Segunda Guerra passavam pelo Baby Boom, a geração da pungência econômica onde as pessoas mantinham seus capitais  sobre controle com a esperança de se investir em outros produtos e diversões. Tais períodos de riqueza econômica favorece também à ociosidade e por tabela a um relativo hedonismo, refletido nas letras do Rock em seu primeiro momento. Havia desejo pelos grandes veículos automotivos ( Chuck Berry com Maybellene,  The Motorclycle Man, Floyd Robinson ); a paquera das "novinhas" ( Sweet Little Sixteen,  Chuck Berry ), sonhos de guitarras, jóias e roupas caras. E tudo isso regado com músicas que faziam chacoalhar braços, pernas e bunda como a inocente Tutti Frutti.  
   Agora, com uma guinada de 180 graus chegamos ao Brasil no século XXI nas décadas de 2000 e 2010 onde um desenvolvimento socioeconômico beneficiou sobremaneira as classes menos favorecidas ( C e D ) que passaram a ter mais dinheiro e por conseguinte , o poder de reinventar sua juventude, produzindo e consumindo seu próprio estilo de vida embalado nas canções produzidas por eles mesmos: o Funk Carioca, de temática da ostentação de automóveis de luxo, obtenção de jóias e roupas caras, a conquista de mulheres de pouca idade e um forte apelo a sexualidade, argumentos estes iguaizinhos aos citados n Rock produzido nos idos de 1950... "Ah! Mas isso é exagero!", pensará alguém aí. Talvez... o fato é que o Rock só emplacou na sociedade norte americana de forma homogênea quando Elvis Presley que era loiro, branco, bonito aos padrões consideráveis e que ainda cantava e dançava como um negro aderiu ao estilo. Era o que a sociedade Wasp necessitava para agregar o ritmo em definitivo. É claro que os intérpretes negros prosseguiram com suas carreiras, bem verdade em menor sucesso frente a esmagadora presença de Elvis the Pelvis. 
   Mas o Rock também amadureceu. E o seu momento de apogeu onde tornou-se arma de contestação social dos valores morias e instrumento de questionamento da política e seus líderes ocorreu na década de 1960. Ressalta-se que houveram revoluções sociais nas quais a bandeira hasteada era o Rock mas esse momento único na história do Rock ficou sedimentado  e perdido naquela década, ainda assim com ressalvas. Até o maior fenômeno musical da cultura Ocidental do século XX, os Beatles, só começaram a ter uma postura mais politizada na segunda metade da década no tocante as letras das canções. Sim, refiro-me ao texto, haja vista que musicalmente o quarteto desenvolveu técnicas de melodia, harmonia e instrumentação superadas a cada LP lançado. Importante salientar: tanto Europa e principalmente nos Estados Unidos a repressão sexual estava ainda muito em voga. E,  algumas atitudes morais que eram revolucionárias naquele tempo hoje são meramente pueris, como o homem deixar o cabelos compridos era um gesto transgressor sem precedente. 
 
 E mesmo com uma campanha quanto ao término da segregação racial, como os Beatles não se apresentarem em lugares com tais legislações, o Rock não refletiu esses objetivos com seus nomes em destaque, excetuando um ou outro músico. E foi percebendo que o negro perdera espaço dentro daquilo por ele mesmo inventado que Berry Gordy decidiu abrir uma gravadora  só com  artistas negros  -a Motown , desprovida é bem verdade de uma preocupação social ou racial mais radical, objetivava sobretudo ganhar dinheiro a princípio e foi bem sucedido nessa empreitada. Alguns anos adiante, estoura o movimento Black Power e com ele diversos cantores negros com temáticas politizadas à etnia como James Borwn e Ottis Redding, reforçando mais uma vez a grande criatividade do afro americano que saía do Rock mas reavivava a Soul Music, o Funk, o Reggae e até futuramente a Disco.
 
 Outro ponto fundamental para compreender o Rock e saber onde ele chegou são as drogas. Na década de 1960 nos Estados Unidos era comum usá-las como se fossem chicletes. Há quem  as considerava responsáveis por expandir a mente, e de certa forma era o que realmente ocorria, e isso recaiu no Rock e maneira ímpar pois o ritmo jamais foi o mesmo. Dessas viagens desenvolveu-se vários outros subgêneros do Rock com destaque para dois: O Heavy Metal e o Rock Progressivo. 
   De todos os subgêneros surgidos no Rock o Heavy Metal é sem dúvida o que agrega o público mais intransigente e reacionário. Para o fã de Heavy Metal nada é melhor do que sua própria música e quase nunca o ouvinte deseja ouvir algo que não se assemelhe ao que seu ouvido já escutou. A aceleração utilizada pelo guitarrista em seu instrumento é sinônimo de técnica e qualidade sonora. Um adendo: no velho mundo valores tradicionais das religiões foram integrados há mais de mil anos, bem como todo um mar de hipocrisia e corrupção advindo deles. Daí o curtidor de Metal ser contrário às religiões, ateu ou satanista -  ( eis aí seu papel social ) -  e faz dessa postura elementos nas letras das canções. 
   A outra grande falácia repetida ad nauseam no meio da comunidade rocker  é que o Rock é liberdade. Mas para quem? Quase sempre o rocker faz uso dessa frase para reproduzir posturas relacionadas a um estado opressor numa sociedade competidora onde ter uma motocicleta milionária e participar de um clube, beber muita cerveja importada e comportar-se com misoginia é o padrão de liberdade desse sujeito. Não é à toa que em países de "cultura fechada" tentou-se por muito tempo proibir a difusão do Rock, não pel ritmo mas pelos valores a ele agregados. Reconheço que a sonoridade produzida no Rock, Hard ou Heavy Metal e outros subgêneros traga algo sensorial de liberdade. mas dizer que essa música é mais intelectualizada que outras por ter mais mensagem não convém.  Bandas como Led Zeppelin e AC/DC tem instrumentação e vocais poderosos, porém as letras de suas canções são triviais, quando não falam de bebidas, estrada, mulheres - a liberdade já citada. 
 
 Há os apreciadores de outro subgênero do Rock conhecido como Progressivo. Produzido por quem realmente "entende" de música, ou seja, alunos que vêm de conservatórios musicais que lêm partituras, que tem reconhecimento de música erudita, sobretudo dinheiro para bancar tudo isso. O apreciador de Rock Progressivo é quase um autista, um Robinson Crusoé na ilha de Yes, Genesis, Emerson Lake & Palmer e quejandos. Presta tanta atenção nos acordes que não pode sequer pular num show de Rock. A música é elevada ao estato de quase Jazz, com a fundamental diferença: nenhum negro está na banda. Em suma: música para músicos. 
   E por fim, o Punk. Falo "por fim" porque creio que tudo do Rock vindo após esse subgênero não passou de perfumaria. Sei da importância de outros ritmos agregados e reinventados mas Punk foi a quebra dos paradigmas e encerrando com ele tem-se uma visão panorâmica do que o Rock foi e o que se tornou. Dentre os subgêneros o Punk foi o que melhor representou o retorno às origens do ritmo no tocante a estética da dança e num  contraponto em transmitir mensagens de contestação social, algo que se perdeu no Rock desde há muito tempo. Se o Rock é rebeldia, contestação, crítica de valores, negação do que está estabelecido, alertas em letras, vestimenta e visual, o Punk soube sintetizar isso de maneira ímpar: o retorno da rebeldia juvenil em dança ( Ramones ) , indumentária ( Sex Pistols ) e letras de conteúdo ( The Clash ). Há quem nunca gostou de Punk dada a regressão na maneira de tocar, bem rudimentar em comparado `s bandas de Progressivo e com a utilização de muito menos notas que os "metaleiros". 
Diante do exposto e do que mais poderia ter sido relatado é que o Rock pode ser contestação ou alienação; música de bunda e/ou cérebro. Pode ser erudito sem ser pedante e se for liberdade é possível se valer de reflexão, de crítica, de autocrítica, como aqui nesse breve texto. Mas antes de tudo o Rock é música. Se se quer levá-lo a sério poderá se tornar outra coisa. Fica a dica aos intelectuóides roqueiros e as futuras gerações. Com preguiça não se lê livros mas a música é diversão em primeiro lugar. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Pretinho Básico


   Em 20 de novembro comemora-se o dia da Consciência Negra. Tal efeméride refere-se ao assassinato de Zumbi dos Palmares. E, embora a data possa ser controversa e mesmo muitos questionarem a real  existência do herói negro, o fato é a reflexão que a data sugere.
   Pois bem, verdade seja dita: há muito racismo no Brasil sim, em várias esferas, de diferentes espécies, tipos e estirpes. Desde cedo sempre ouvi que aqui não há preconceito racial e sim social. Eis aí mais uma falácia para escamotear o primeiro em detrimento do segundo. Há um discurso de que no Brasil não há preconceito de cor com negros "ricos". Ok, diga-me onde eles estão... Aí sempre aparece alguém que cita no máximo três nomes de negros em postos de destaque e comando aqui nessa Pindorama. Não é preciso ser nenhum matemático para saber que há uma disparidade nesses números, não por incompetência da raça, mas pelo histórico que levou os afrodescendentes a esse quadro. 
   Não sou de me vitimizar, entretanto desacredito em salvação individual, mito embora essa seja a bandeira hasteada na pós-modernidade. Para provar a existência de que o preconceito racial ainda é uma constante em terra brasillis vou descartar dados e estatísticas aqui, partirei da observação empírica,  de situações cotidianas as quais vivi e ainda vivo literalmente na pele. Como tais episódios são frequentes, vou citar nesse texto apenas um, abrindo a possibilidade de quiçá lançar uma série de relatos posteriores haja vista que a intenção é não apagar a chama e sim denunciar tais situações, ora engraçadas, ora constrangedoras. Quero com isso reforçar a existência do preconceito de cor que eu conheço de cor e mostrar com isso que o progresso de uma sociedade se inicia a partir do momento em que tal sociedade reconhece e assume suas fragilidades.
   Fui convidado para um casamento com minha esposa e participamos do matrimônio, tanto na igreja quanto na festa ocorrida depois. Tudo caprichosamente organizado, ambiente luxuoso, comida e bebida muito boas, e tal e coisa... Os noivos, oriundos de classe média, descendentes de europeus - ( a noiva  tinha sobrenome de artista famoso )  - estavam visivelmente emocionados e felizes com suas famílias e amigos e nós também. 
   Tão logo, meu olho clínico passou a observar detalhadamente o ambiente: havia aproximadamente ali uns trezentos convidados e excetuando algumas pessoas que trabalhavam na festa, os afrodescendentes da festa somavam-se cinco incluindo minha mulher, um casal de amigos nossos que estavam sentados em nossa mesa e eu. Entreolhei meus amigos e não pude deixar de comentar com eles a curiosidade: "Só tem gente branca aqui!", algo natural dada a origem das famílias dos noivos. Mesmo os colegas de trabalho também tinham a pele clara. Minha esposa,  o casal de amigos e eu fazíamos parte das "cotas". Gargalhamos e continuamos comendo e bebendo sem maiores preocupações. 
   Um parêntesis antes de prosseguir a narrativa: quando vou a esses eventos sociais costumo caprichar no vestuário- terno e gravata alinhados e novos, sapatos lustrosos, cabelo e barba extremamente bem cortados, perfume discreto e movimentos idem, mantenho-me "acima de qualquer suspeita".
   A certa altura - do tempo e da cerveja - fui ao toalete e lá chegando, um homem puxou conversa perguntando se eu era parente dos noivos. "Não". Falei que fui convidado com minha esposa. mas o homem mal me ouviu e veio com outra questão à queima roupa: "você trabalha aqui? " Eu fiquei descreditado no que ouvi e só pude responder monossilabicamente "não". Ele até continuou a conversa em seguida mas eu nem sequer entendi ois ainda estava anestesiado com a inquirição anterior. E olha que nem estava de camisa preta por debaixo do terno para ser confundido com um segurança! Saí do banheiro menos aliviado do que quando entrei. Sentei na mesa e após aluns minutos não me furtei de comentar o ocorrido, no que meu amigo completou: "Ah! Eu acompanhei a conversa pois estava no banheiro reservado, só não sabia que era você." Achei que o cidadão que me fez as perguntas estava bêbado. E se não estivesse, seria seu álibi, caso eu fosse refutar sua infeliz pergunta. 
   Diante da historinha fica a moral: o fim do preconceito é uma utopia, mas de utopia se faz a vida. Cada qual tem o direito de ter suas concepções acerca de quaisquer assuntos, para o bem ou para o mal. Por conseguinte, cada indivíduo tem o dever de respeitar a diversidade e pluralidade cultural, de gênero, de raça, etnia, cor, credo e opiniões e isso deve ser garantido. E se não houver um acordo de cavalheiros a Lei está aí para que tais direitos sejam efetivados. E tenho dito/escrito!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Drops Rock 75 - O Rock Tá Russo

No 75° programa Drops Rock apresentamos o que foi o Rock na antiga União Soviética. Ressalta-se aqui que não foi feita nenhuma citação a bandas locais, e sim um levantamento de como o rock, gênero musical tipicamente norte-americano, atravessou a cortina de ferro. Com todo o aparato tecnológico da atualidade, cheg a ser engraçado imaginar que os soviéticos ouviam discos copiados em chapas de raio x! Confira mais um programa!






God Save the Trump´s People


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Beatlemania Experience



Exposição sobre os músicos mais bem sucedidos, afinados, famosos e penteados do século XX. Acertaram em quase tudo o que fizeram. As imagens permanecem vivas para que daqui há alguns séculos ( ou talvez anos ) as pessoas possam saber da força que existiu um dia na canção Pop.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O Pequeno Príncipe



Pequeno Príncipe é a terceira faixa do LP de estreia de Ronnie Von datado de set/out de 1966.A música é uma versão Há pouco menos de três meses Ronnie já lançava versões do Lp Revolver dos Beatles lançado em agosto do mesmo ano! Versão brasileira dos fab four feita por quem sabia!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A Última do Português - Programa 01 - Apresentação de Fábio Sant'Anna

Aqui no Canal A Última do Português você fica sabendo de tudo sobre a nossa língua materna. Gramática, ortografia, técnicas de redação, Literatura luso-brasileira, Literatura Universal e um pouquinho de Inglês porque ninguém é de ferro!

 

domingo, 7 de agosto de 2016

Drops Rock 74 - Minha Coleção de LPs Brasileira dos Beatles - apresentação Fábio Sant'Anna







No Drops Rock 74 vamos conferir como foram os primeiros lançamentos dos LPs dos Beatles no Brasil que eram completamenete diferentes daqueles lançados no Reino Unido e nos Estados Unidos. As capas eram outras e a ordem das músicas também. E todos os Lps chegavam atrasados em relação aos lançamentos na época. Os discos tinham a capa toda plastificada ( capa sanduíche ) e se tornaram itens de colecionador pelo mundo. A discografia do grupo só se tornou padrão em 1975, com exceção do LP Os Reis do ié,ié,ié que manteve a capa vermelha até o final da década de 1980.
Yes, nós temos bananas e Lps dos Fab Four!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Drops Rock 73 - Direito Autoral



Aqui nesse Drops Rock o tema é o direito autoral. O que pode e o que não pode na internet ainda é meio confuso, mas a gente tem uma pequena ideiaa. Não é porque a gente não saiba quem é dono de alguma coisa que o dono não existe. E isso vai além do meio virtual, cruzando as encruzilhadas dos tribunais até no Rock! Confira!

quinta-feira, 14 de julho de 2016

terça-feira, 12 de julho de 2016

Drops Rock 72- Quatro Ases e um Curinga - Fábio Sant'Anna







No dia do Rock minha singela homenagem a banda que elevou o gênero a patamares além mar. Eivado de mensagens cifradas, forças ocultas e outras bossas, é mais uma arte digital!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O Clandestino : A Série - parte 2

O Clandestino : A Série - parte 2

   

Continuando o "dossiê" Clandestino, eis a primeira edição do jornal com comentários, notas de rodapé, inserções, intervenções e que tais. Observe já na página de capa objetos hoje curiosos, como uma máquina de escrever - atualmente conhecida como impressora pré-histórica. Tem-se ainda um televisor e um computador  - todos sem tela plana! No rádio que anuncia o jornal há um compartimento para tocar fita k-7. Registra-se aí ainda o telefone celular e suas frequentes quedas de sinal, fato que ainda não mudou muito daqueles tempos para cá...
Nós fizemos as primeiras quatro edições em papel ofício e no momento de scannear essas páginas nossa impressora não pôde
comportar as folhas inteiras, de modo que pequenas coisinhas se perderam e já adianto minhas desculpas...  não foi censura!




Tudo foi feito de forma artesanal, mesclando texto escrito nas Olivettis da vida com o nanquim da pena desse que aqui escreve. Importante salientar a citação de políticos outrora considerados "corruptos", hoje dinossauros das instituições democráticas ainda presentes nas mesmas!.. 

A tiragem de nosso fanzine era de 100 exemplares com 08 páginas de conteúdo original. Nada mal para iniciantes.





Clássica charge desse cara, ainda no aguardo de colocar a cara a tapa para uma publicação oficial. Com o tempo consegui uma publicação on line: livro virtual à venda:
https://www.amazon.com/s/ref=nb_sb_noss?url=search-alias%3Dkindle-accessories&field-keywords=cartoons+e+que+tais




Na página 04 uma tentativa minha de ser um pouquinho escritor.
logo abaixo, alguns quadrinhos. 
Quando criei Patonheta tinha um pouco de receio em desenhá-lo, achava-o escatológico, escroto ( ! ). Mas mandei às favas o preconceito e consumei o fato. Aí, ambos personagens "machistas" - o já citado e o Rei da Estrada. Quando exorcisamos nossos medos, raivas, culpas, rancores e tristezas, nós os transformamos em Arte. 




Um pouco da verve literária dos colaboradores 
do jornal que deram frutos, pois fomos premiados em vários concursos de Literatura e Poesia e até a publicação de livros de Mauro Marcel. 




Por se tratar da primeira edição em fanzine achamos inmportante nos apresentarmos, com poesia e humor.

Veja só! Ainda recebíamos cartas! Aqui um repeteco da capa e não me recordo o porquê...

terça-feira, 5 de julho de 2016

As Ilustrações de Infância de Fábio Sant'Anna - Parte 2

 
   AS ILUSTRAÇÕES DE INFÂNCIA
  DE FÁBIO SANT'ANNA - PARTE 2


   Sempre gostei de desenhar. Quando criança, rabiscar era uma terapia, para minha mãe e para mim. Eu ficava bastante tempo desenhando e conforme os anos se passavam, mais horas eu me debruçava em lápis e papel.  Com o tempo fui tomando gosto por outras formas de expressões de Arte como Literatura e Música, o que me afastou um pouco dessa atividade. Hoje não trabalho diretamente com desenho, não vivo de desenhar mas essa arte ainda vive comigo.

   Foi pensando na importância que esses esboços tiveram em minha vida que decidi detalhar uma análise minuciosa dessa obra, para me conhecer, re-conhecer e nos conhecermos. As ilustrações que seguem datam dos anos de 1987 e 1988, eu me encontrava com 11 anos, não existia internet e nem outras tecnologias que nos tiravam a atenção de outras atividades. Mas a televisão também sempre me foi companheira. Sabia sobre os desenhos animados da TV e tinha meus preferidos: O Pica Pau, Pernalonga, os curtas da Disney, os desenhos dos estúdios Harvey  - turma do Gasparzinho- e indubitavelmente os clássicos de Hanna-Barbera: Flinstones, Manda Chuva, Scooby Doo e mais uma centena deles é que me faziam ficar quietinho. E foi de tanto assistir a esses desenhos que em minha ingenuidade me senti desejoso em produzir animação para TV e/ou cinema. Como minha realidade era de um garoto suburbano residente em um país emergente me contentava em rabiscar papéis. Criei uma série de personagens, muitos comprometidos na minha alienação com a realidade circundante.
Lembro-me de assistir ao desenho animado intitulado aqui no Brasil de Carangos e Motocas, uma animação em que só existiam veículos automotores que falavam. O herói da história era o fusquinha Willie e foi inspirado nele que batizei meu Willy - escrito bem diferente do original. Na minha história Willy tinha sido inventado por Preimobio, este um outro personagem vindo à celulose graças ao boneco Playmobil confeccionado naquele tempo pela fábrica Troll.    
   Existia ainda uma grande influência estrangeira, todos os personagens tinham sobrenomes em inglês. Levei muito tempo para refletir sobre colonialismo cultural e outros assuntos que embora pareçam distantes de nosso convívio, volta e meia eles retornam de assalto (!) Uma criança não vai compreender nada de política de boa vizinhança. A influência estrangeira e o sonho de desenhar animação me motivou a assinar todos os meus trabalhos com uma espécie de "copyright Willy filmes".
Com o tempo, todas essas ideias foram repensadas, meu traço foi melhorado deixando aqueles dos quadros medievais para me dedicar ao uso da perspectiva, mas isso é outra história...   Existia ainda uma grande influência estrangeira, todos os personagens tinham sobrenomes em inglês. Levei muito tempo para refletir sobre colonialismo cultural e outros assuntos que embora pareçam distantes de nosso convívio, volta e meia eles retornam de assalto (!) Uma criança não vai compreender nada de política de boa vizinhança. A influência estrangeira e o sonho de desenhar animação me motivou a assinar todos os meus trabalhos com uma espécie de "copyright Willy filmes". Com o tempo, todas essas ideias foram repensadas, meu traço foi melhorado deixando aqueles dos quadros medievais para me dedicar ao uso da perspectiva, mas isso é outra história..

   Segue agora conforme já anunciado a exposição das ilustrações contendo breves notas de rodapé. Leia que vai dar pé!





capa: uma citação ao Eniac, primeiro computador. Detalhe é que na capa da revista consta ano VI, ou seja, já havia criado esses personagens há mais tempo. 
Desenhando Willy passo a passo
Tem um orelhão cor de laranja ao lado esquerdo do desenho citando a Cia. telefônica Telesp, em São Paulo




Há um "cometa" no lado esquerdo da ilustração ainda mostrando resquícios do cometa Halley que passou pelos céus do planeta há dois anos da  feitura do desenho.





Na parte inferior da ilustraçãotem um senhor com uma gravata levantada pensando "calma, Cocada!". É uma alusão ao personagem Lindeza,  interpretado por Rony Cócegas( 1940-1999 ) no programa A Praça é Nossa. 














Uma diligência, referência clara aos faroestes que passavam na televisão nos anos 1970 e 1980, aqui muito mais a ver com Pepe Legal.






Aqui fiz um experimento: recortei e colei algumas figuras em meu próprio desenho, até a fotografia de um primo meu serviu para abrilhantar a obra.



















Aqui o personagem Willy canta a música Pelado, rock que fez sucesso com a banda Ultraje a Rigor e foi tema da novela da Rede Globo Brega & Chique, em 1987. Outro ponto a se observar são as inserções de palavrões censurados nos quadrinhos ao longo dos desenhos. 




Quando eu visitei o extinto parque de diversões Playcenter e me surpreendi com o Castelo Assombrado ( não me lembro se o nome era esse ) mas certamente a ilustração foi inspirada nessa experiência. Depois viriam as Noites do Terror e tal...




Antes dos caríssimos play stations a gente jogava no Atari e aqui eu escrevi Gaime mostrando que o meu jogo era diferente!




Encerrando a apresentação desses esboços é imprtante considerar ainda que 
todos eles foram feitos de forma direta na págna, não utilizei o lápis para contornar com a caneta em seguida, o traço foi livvre. Sobre o desenho acima repare que eu não tinha noção de perspectiva e me arranjei como pude. Até que ficou bonitinho...