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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Não se Lava as Mãos à Falta de Água



   Uma das grandes dificuldades que a humanidade enfrentará no século XXI está relacionada com a escassez de recursos naturais. Desde a Revolução Industrial até os nossos dias o homem se tornou seu principal predador devastando toda a mata, extinguindo diversas espécies de animais e acabando com todos os recursos naturais sem grandes preocupações quanto à escassez dos mesmos. Dentre todas as riquezas minerais a agia é o bem natural que merece maior atenção sobretudo pela pouca quantidade de água potável existente no mundo e pela enorme quantia consumida nos grandes centros urbanos. Aqui no Brasil, principalmente no estado de São Paulo, a falta de chuva chegou a um nível recorde. O índice pluviométrico foi o mais baixo registrado nos últimos 50 anos.
   Entretanto, quando se atenta ao problema da falta de água depara-se sempre a campanhas governamentais que insistem em cobrar do consumidor comum um uso mais racional da água lançando mão de campanhas publicitárias no rádio, na televisão, nos outdoors etc. chegando até o extremo de reajustar as tarifas de água ou de bonificar ao consumidor que economizou. Sabe-se, por outro lado, que os maiores usuários desse recurso natural são os latifundiários e as grandes empresas, em destaque as de papel e celulose. Para se ter uma ideia vinte e sete litros de água são usados para se fazer uma folha de papel.

   Ultimamente tem se cogitado a possibilidade de despoluir o Rio Tietê e multar todas as indústrias que depositam seus resíduos no rio. É claro que tudo isso é favorável, porém só agora em que a escassez se faz preocupante é que as autoridades governamentais decidem tomar uma atitude emergencial, diferente do que vemos em outros países no que se refere a desastres naturais onde existe prevenção e a nação consegue superar tais catástrofes – o Japão é o exemplo mais emblemático dessa ilustração.
   Outro grande entrave para investimento na obtenção de maiores recursos hídrico é que tais projetos não são obras que se mostram à vista, não são projetos que “puxam voto”.  Investir em saneamento básico é bem menos visível aos olhos do eleitor do que construir viadutos ou asfaltar ruas. Todos os anos há na cidade de São Paulo uma série de alagamentos e enchentes com as mesmas características e as mesmas promessas de resolução.
   Diante do exposto, a solução mais viável é que os governos municipais, estadual e federal invistam em projetos governamentais que visem à prevenção de desastres naturais, sejam estes enchentes ou estiagem de chuva, poluição, desmoronamentos de moradias de alto risco etc. Quando esses problemas saírem da pauta de medidas paliativas não haverá mais incidentes dessa natureza nem em São Paulo nem em outras cidades do Brasil. 

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