Uma das grandes
dificuldades que a humanidade enfrentará no século XXI está relacionada com a
escassez de recursos naturais. Desde a Revolução Industrial até os nossos dias
o homem se tornou seu principal predador devastando toda a mata, extinguindo
diversas espécies de animais e acabando com todos os recursos naturais sem
grandes preocupações quanto à escassez dos mesmos. Dentre todas as riquezas
minerais a agia é o bem natural que merece maior atenção sobretudo pela pouca
quantidade de água potável existente no mundo e pela enorme quantia consumida
nos grandes centros urbanos. Aqui no Brasil, principalmente no estado de São
Paulo, a falta de chuva chegou a um nível recorde. O índice pluviométrico foi o
mais baixo registrado nos últimos 50 anos.
Entretanto, quando
se atenta ao problema da falta de água depara-se sempre a campanhas
governamentais que insistem em cobrar do consumidor comum um uso mais racional
da água lançando mão de campanhas publicitárias no rádio, na televisão, nos
outdoors etc. chegando até o extremo de reajustar as tarifas de água ou de bonificar
ao consumidor que economizou. Sabe-se, por outro lado, que os maiores usuários
desse recurso natural são os latifundiários e as grandes empresas, em destaque
as de papel e celulose. Para se ter uma ideia vinte e sete litros de água são
usados para se fazer uma folha de papel.
Ultimamente tem se
cogitado a possibilidade de despoluir o Rio Tietê e multar todas as indústrias
que depositam seus resíduos no rio. É claro que tudo isso é favorável, porém só
agora em que a escassez se faz preocupante é que as autoridades governamentais
decidem tomar uma atitude emergencial, diferente do que vemos em outros países
no que se refere a desastres naturais onde existe prevenção e a nação consegue
superar tais catástrofes – o Japão é o exemplo mais emblemático dessa
ilustração.
Outro grande entrave
para investimento na obtenção de maiores recursos hídrico é que tais projetos
não são obras que se mostram à vista, não são projetos que “puxam voto”. Investir em saneamento básico é bem menos
visível aos olhos do eleitor do que construir viadutos ou asfaltar ruas. Todos
os anos há na cidade de São Paulo uma série de alagamentos e enchentes com as
mesmas características e as mesmas promessas de resolução.
Diante do exposto, a
solução mais viável é que os governos municipais, estadual e federal invistam
em projetos governamentais que visem à prevenção de desastres naturais, sejam
estes enchentes ou estiagem de chuva, poluição, desmoronamentos de moradias de
alto risco etc. Quando esses problemas saírem da pauta de medidas paliativas
não haverá mais incidentes dessa natureza nem em São Paulo nem em outras
cidades do Brasil.
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