Será que todas os rocks precisam ter letra? Será que tem cantor que atrapalha a melodia da música? Pode ser que esse programa não responda essas dúvidas, mas que ele mostra como é bacana um som instrumental mostra!
Tudo o que você sempre quis saber sobre muita coisa e nós também!
drops rock
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Drops Rock 54 - Rock Instrumental
Será que todas os rocks precisam ter letra? Será que tem cantor que atrapalha a melodia da música? Pode ser que esse programa não responda essas dúvidas, mas que ele mostra como é bacana um som instrumental mostra!
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Não se Lava as Mãos à Falta de Água
Uma das grandes
dificuldades que a humanidade enfrentará no século XXI está relacionada com a
escassez de recursos naturais. Desde a Revolução Industrial até os nossos dias
o homem se tornou seu principal predador devastando toda a mata, extinguindo
diversas espécies de animais e acabando com todos os recursos naturais sem
grandes preocupações quanto à escassez dos mesmos. Dentre todas as riquezas
minerais a agia é o bem natural que merece maior atenção sobretudo pela pouca
quantidade de água potável existente no mundo e pela enorme quantia consumida
nos grandes centros urbanos. Aqui no Brasil, principalmente no estado de São
Paulo, a falta de chuva chegou a um nível recorde. O índice pluviométrico foi o
mais baixo registrado nos últimos 50 anos.
Entretanto, quando
se atenta ao problema da falta de água depara-se sempre a campanhas
governamentais que insistem em cobrar do consumidor comum um uso mais racional
da água lançando mão de campanhas publicitárias no rádio, na televisão, nos
outdoors etc. chegando até o extremo de reajustar as tarifas de água ou de bonificar
ao consumidor que economizou. Sabe-se, por outro lado, que os maiores usuários
desse recurso natural são os latifundiários e as grandes empresas, em destaque
as de papel e celulose. Para se ter uma ideia vinte e sete litros de água são
usados para se fazer uma folha de papel.
Ultimamente tem se
cogitado a possibilidade de despoluir o Rio Tietê e multar todas as indústrias
que depositam seus resíduos no rio. É claro que tudo isso é favorável, porém só
agora em que a escassez se faz preocupante é que as autoridades governamentais
decidem tomar uma atitude emergencial, diferente do que vemos em outros países
no que se refere a desastres naturais onde existe prevenção e a nação consegue
superar tais catástrofes – o Japão é o exemplo mais emblemático dessa
ilustração.
Outro grande entrave
para investimento na obtenção de maiores recursos hídrico é que tais projetos
não são obras que se mostram à vista, não são projetos que “puxam voto”. Investir em saneamento básico é bem menos
visível aos olhos do eleitor do que construir viadutos ou asfaltar ruas. Todos
os anos há na cidade de São Paulo uma série de alagamentos e enchentes com as
mesmas características e as mesmas promessas de resolução.
Diante do exposto, a
solução mais viável é que os governos municipais, estadual e federal invistam
em projetos governamentais que visem à prevenção de desastres naturais, sejam
estes enchentes ou estiagem de chuva, poluição, desmoronamentos de moradias de
alto risco etc. Quando esses problemas saírem da pauta de medidas paliativas
não haverá mais incidentes dessa natureza nem em São Paulo nem em outras
cidades do Brasil.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Vamos Todos à Bienal do Livro Para não Ler
Iniciou nesse sábado, 23 de agosto
a 23ª Bienal internacional do Livro em São Paulo, lá no Anhembi como todo mundo
sabe. E digo “todo mundo” dada a
multidão que pude acompanhar quando fui ao evento no domingo último. Chega-se a
conclusão de que se o brasileiro não lê pelo menos livro ele compra. Não que eu tenha nada contra a sociedade de
consumo e nem hasteio aqui a bandeira em favor do meio ambiente e das árvores
que são mortas em detrimento da produção de folhas de papel para a confecção de
livros, até porque também sou um ávido consumidor que certamente tem muito mais
livro que não leu em casa do que o contrário.
Na verdade acredito até que a sociedade brasileira lê bem mais hoje do
que há vinte anos. Também aqui não está se levantando a questão da disseminação
de analfabetos, muito porque o analfabetismo funcional vigora para a tristeza geral.
Falo do consumo de Literatura e tal Arte tem o sentido muito mais amplo. A
gente pode falar de Machado de Assis, E. L. James, J.R.R. Tolkien, R. R. Soares
– kkk -, Jô Soares, Shakespeare, Mauricio de Sousa, Cordel e colocar tudo num
mesmo pacote. Mas quando falamos de uma sociedade industrial e de consumo tudo se
torna mercadoria e perfumaria, e com a Literatura não seria diferente.
Livros campeões de vendas geralmente são trilogias, quadrilogias em que
cada tomo nos toma um tremendo tempo para lê-lo pois cada um geralmente é composto
de trezentas páginas. Tudo bem, até reconheço que os romances russos nunca
foram curtos mas são ROMANCES RUSSOS, assim mesmo, em letras garrafais. Os meios de comunicação cibernética, as redes
sociais nos computadores, o hábito de se escrever e receber e-mails, o twiter,
o facebook e os blogs como esse em que esse texto é postado são grandes responsáveis
pela produção escrita de nosso tempo, que por hora pode não ser duradoura,
apaga-se como se deleta os spams, mas daqui a alguns anos será essa literatura
que será objeto de estudo de nossa língua e de nossa produção artística do
idioma.
E porque ter que cobrar de um país que tem quinhentos anos e que
sociedade letrada não passa pouco mais de duzentos? A Literatura produzida e distribuída
aqui na nossa Pindorama deu-se através do José de Alencar e seus colegas de
movimento romântico literário lá em meados do século XVIII. Tomemos como
exemplo de comparação com a Europa, o velho mundo cuja formação de estados
enquanto nação dá-se nos séculos X, XII. Para se ter uma ideia na Inglaterra
tem-se uma Universidade denominada New College datada de 1300! Quantos séculos
deverá ter o Old College? Até e questão climática
beneficia o cidadão europeu a desenvolver o hábito da leitura. Em frios
homéricos onde a neve impede até a pessoa a sair de casa o que fazer se não
ler? Claro que estou me referindo a outros tempos em que não se exista
computador nem televisão. Ma s tais hábitos são culturais, são cultivados pelo
tempo. Aqui no Brasil basta aparecer um feriado prolongado que o Brasileiro
desce pra praia e a única coisa que lê é o mapa para consultar qual o caminha
mais rápido ao litoral.
Por outro lado admiro a juventude que vê
no escritor um pop star e o cultuam como se assim o fosse.
Hoje Mauricio de
Sousa e Ziraldo representam muito mais a infância e juventude do que Monteiro
Lobato, o que é louvável pois tem criança que mal sabe o que é uma galinha, o
que dirá de um sítio. O problema é quando as personalidades do mundo da moda ou
da música por exemplo se apropriam do mundo das letras e lançam livros e se
dizem filósofos. Quando me deparei com a multidão seguindo o cantor de Funk
Melody chamado Naldo Benny me perguntei o que o mesmo estava fazendo ali na bienal e se a mesma estava inovando com shows de música. Não era nada disso. Naldo lançava um livro que disseram que ele mesmo escrevera. É importante defender o direito de ele e de qualquer um escrever um livro mas é mais importante ainda frisar que isso não faz da celebridade sinônimo de filosofia a colocarmos no mesmo panteão de Marilena Chauí ou Mário Sérgio Cortella só para citar algum exemplo.
No mais fica a dica de que a
Bienal é um espaço muito mais dedicado à venda de livros do que a promulgação
de debates, na minha estreita visão. Mesmo os livros vendidos lá não estão com
descontos em relação aos mesmos que são encontrados pelas livrarias afora. Em
suma a Bienal é uma feira de livros onde todas as editoras fazem a festa com a
diferença de que lá você pode encontar o escritor de quem você é fã, aguardar
numa fila quilométrica mais ou menos duas horas, receber seu livro autografado
e até falara de Literatura...
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Quase uma Lição
Entro pela sala de
aula pela primeira vez e ainda que nunca tenha pisado os pés na escola pública
para lecionar já trago comigo relatos de profissionais do ramo nada agradáveis
no tocante ao aprendizado dos alunos e sobretudo pela indisciplina dos mesmos.
Mas eu estava ali pela crença em minha capacidade de persuasão, pelo pendor em
tentar ensinar alguma coisa, ainda que como professor substituto. E todo oi
conteúdo que intentava lecionar já estava ensaiado em minha mente e resguardado
em meu coração. Iria ser uma aula de acolhimento e de reconhecimento da
importância de cada aluno que ali buscava aprender e porque não ensinar?
Mas não foi nada
disso que aconteceu. Botei meus pés na sala e uma avalanche de barulho infestou
meus ouvidos. Tinha aluno escutando música no celular sem os devidos fones,
alunos conectados em redes sociais, alunos batucando pagode com as carteiras e
até teve aluno me percebeu que eu estava na sala de aula. Tentei manter uma
espécie de conversa com eles. No primeiro momento foi em vão. E em vão foi no
segundo, no terceiro. Decidi me emudecer até que eles se envergonhassem o que
funcionou. Diante daquele quadro resolvi alterar todo o discurso que ensaiara. Perguntei
a eles se o professor também é educador no que a maioria que entendeu a
indagação assentiu positivamente para que em seguida eu dissesse que não.
O professor tem como
dever lecionar o conteúdo acadêmico pertinente a grade curricular da respectiva
série em que está lotado. É cine qua non
a postura educacional do professor, ou seja, só o fato de o professor lecionar
é mais do que um ato de educação. Mas existem professores educadores também,
são aqueles que além de lecionar nas escolas de educação infantil trocam
fraldas das criancinhas que estão na creche e ensina os pequenos a fazer xixi e
coisas correlatas.
Com isso deixei claro de que não estava ali na
sala de aula para ensinar noções de como alguém deve se comportar, noções de
modos e educação e que não me indisporia com eles por razões de indisciplina e
desrespeito. E prossegui com a matéria escolar em meio a muita bagunça e grande
desinteresse. Naquele mar de gente sempre tem aquele que realmente se interessa
em aprender e aí eu reconheço quão a porta do céu é estreita.
Terminada a aula vou
à sala dos professores quiçá buscar alento, sentir-me um pouco mais humano dado
à familiaridade dos colegas de profissão com os mesmos impasses. Sinto-me
invisível na sala. Esboço cumprimentar um mestre da educação e aí me deparo com
o paradoxo pois o sujeito pode ser “mestre” mas a educação passou a largo.
Volto meus olhos aos exercícios dos alunos mas os ouvidos buscam as conversas
do ambiente: o automóvel novo que se comprou, a academia (que não a de letras)
, o fim de semana, o reajuste salarial, o acúmulo de cargos... Só não ouço
falar de Educação, de metodologias de ensino, de um interesse no real exercício
da função. Preferi então me manter invisível, enfiar a cabeça nos livros e não
pensar em quem não quer pensar.
Hoje repenso a
situação quando assisto aos noticiosos que mostram a Educação Pública péssima.
Quem a Faz assim? Nem posso discutir com
a categoria pois a mesma está muito mais preocupada com outros valore$.
Quem disse que
professor não tem que aprender está mui enganado. Tenho tido lições
diariamente: lições de descortesia, de desunião e egoísmo num patamar que beira
o insuportável. Se eu não sei bem o que fazer não é de quem sabe que eu obtenho
respostas. Nem dinheiro e nem calma fazem parte de minha rotina. Ainda assim
acredito que a Educação e o Estudo é o caminho, mesmo que para muitos esse caminho
não leve a lugar nenhum...
terça-feira, 19 de agosto de 2014
As Boas do Sant'Anna - um blog especializado em generalidades: No Coletivo
As Boas do Sant'Anna - um blog especializado em generalidades: No Coletivo: No Coletivo S ete horas da noite. Fim de mais um rotineiro dia de semana. Retornavam as suas respectivas residências a multidã...
No Coletivo
No Coletivo
Sete horas da noite.
Fim de mais um rotineiro dia de semana. Retornavam as suas respectivas residências
a multidão de trabalhadores citadinos, muitos deles em seus automóveis
construindo congestionamento. Entretanto em sua maioria operários, proletários
espoliados se apertavam dentro de ônibus semelhante às sardinhas enlatadas.
E mais um coletivo
estacionou numa parada. Na roleta onde se paga a tarifa atravessavam diversos
passageiros como de hábito. Ao chegar à vez de uma senhora obesa esta
atravessou sem pagar. O cobrador no instante meio despercebido mas notou a
tempo de olhar a mulher meio torto. E quando a gorda percebeu o aborrecimento
do homem, esclareceu:
_ Seu cobrador, é meu
marido quem vai pagar a minha passagem.
Onde andaria então o
suposto esposo daquela senhora de elevado índice de massa corpórea? O cobrador enervou-se. De seu assento ainda
pode avistar passageira esparrachada no banco na maior desfaçatez, na opinião
do homem. O cobrador na decepção moral e financeira, então começou a pensar em
seu salário: mixaria. Tinha medo do mundo. Inflação, custo de vida... Onde as
coisas vão parar?
Foi o suficiente
para o homem explodir. Bradando de seu banco ele reclamou:
_ Esse pessoal... É
descarado! O povo desse país é sacana, só se preocupa em passar a perna nos
outros! – e vigorosamente ironizou – Essa baleia em forma de gente é quem diga!
A baleia, ou
melhor, a mulher sabendo se tratar dela o mamífero em questão e percebendo a
fúria do edil cobrador no exercício de sua função, virou-se a ele e retrucou:
_ Senhor, fica
chateado, não. Meu marido pagará minha passagem sim só que ele vai entrar nesse
ônibus daqui a duas próximas paradas.
O cobrador
surpreendeu-se e foi aos poucos se aclamando até desaparecer dentro de seu
uniforme azul.
Nisso o coletivo
prosseguiu seu trajeto. Se o esposo daquela senhora obesa tomou a descrita
condução e pagou a famigerada tarifa eu desconheço. Desci um ponto antes da
consumação do incidente...
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Quatro Ases e Um Curinga
Quatro Ases e um
Curinga
Há uma luz
no fim do Carven Club
Fui eu quem
toquei harmônica em Love me Do
E usei a
primeira peruca antes do ditame de Astrid Kircherr
Presenteei
Paul com um contrabaixo de banana
Eu é que
andava atrás das câmeras de A Hard Day’s’ Nigth
Inspirei
Yesterday anteontem
E vendi meus
anéis ao Ringo
Fui o
primeiro a seer que McCartney estava folcloricamente morto
E
emprestei tela para Klauys Voorman
pintar a capa de Revolver
Embora
alertei Lennon acerca do título do disco
Seargent
Peppers pras outras bandas era refresco
E fui o
primeiro a falar com os Fab Four
No telefone
camuflado nas estrelas de Magycal Mystery Tour
E cortei os
cabelos no barbeiro de Penny Lane
Adivinhe
quem era a morsa?
Só mesmo um
submarino amarelo para acalmar
E dividir
com Lucy um céu com diamantes
Ainda assim
segurei o trânsito em Abbey Road
Queimei um
incenso com George Harrison
Mas já era
tarde
O fim
iminente
Let it Be
Let it Bleed
E quem eu
sou?
Eu sou Caetano
Veloso.
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