Naquele dia de céu puro o camarada decidiu
levar sua namorada para passear. Mas seria um dia muitíssimo especial. Nosso
amigo convidaria sua melhor namorada – afinal, tinha mais que uma – para o
melhor restaurante da cidade, esta a mais rica do país.
E assim combinaram.
Foi
trajado com o melhor terno de microfibra japonesa.
Vestiu a melhor camisa italiana, calçou o
melhor sapato do mais fino couro, apertou o colarinho da gravata chiquérrima de
France , a melhor que tinha.
Lavou seu automóvel no melhor lava rápido.
E finalmente encontrou a namorada na avenida
principal.
Ela estava ímpar, maravilhosamente bela. Cortou
as madeixas no mais renomado cabeleireiro e fez o penteado mais moderno. Vestia
a mais cara seda em combinação com a melhor viscose.
A mulher
ainda calçava o mais fino scarpin.
O mais belo casal daquela tarde ganhou o
asfalto em direção ao melhor restaurante.
Sentaram-se na mais
cobiçada mesa do recinto e foram atendidos pelo melhor garçom.
Saborearam o melhor prato da casa com a
companhia do mais requintado vinho, é claro.
Logo depois veio a sobremesa: a mais
deliciosa que o paladar humano poderia degustar.
Ao final
sorveram um cafezinho do bom, na ocasião do ótimo.
E saíram daquele restaurante máximo,
felicíssimos da vida.
Mas será que ao chegarem em suas respectivas
residências e adentrarem em seus mais luxuosos sanitários cagaram a melhor
bosta?
Cagaram a melhor bosta, com certeza, porque luxo é luxo e ninguém vai tirar isso deles.
ResponderExcluirÓtimo conto...